O Carnaval Pernambucano é repleto de criatividade, muitos personagens compõem esta miscelânea cultural. A irreverência é marca do povo, e não há melhor época do ano, para vermos os protagonistas do carnaval mais popular do Brasil abrilhantando as ruas do Estado.
Abaixo segue um apanhado com alguns destes personagens incríveis para você conhecer;
Papangus, Clows, La ursa, os Caiporas e os Caretas.
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Papangus
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| foto; Rafael Medeiros |
Os Papangus da cidade de Bezerros, no agreste Pernambucano, são tradicionalíssimos, ocorrem o ano interno, mas especialmente no carnaval a cidade fica repleta destas figuras. A origem deles nesta região data de 1881. Segundo o Instituto de Estudos Históricos de Bezerros; “o pagangu nasceu de uma brincadeira de familiares dos senhores de engenhos, que saiam mascarados, mal vestidos, para visitar os amigos nas festas de entrudo – antigo carnaval do século 19 -, e comiam angu, comida típica do Nordeste...”. Há várias versões da mesma história, até mais populares. Antigamente as mascaram eram feitas com cuia de frutos (coité) pintadas com azeitona preta, açafrão e folha de fava, hoje em dia são feitas com papel maché e cola. Os pagangus se cobrem com suas longas túnicas que vão da cabeça aos pés, no intuito de ganhar a farra sem serem reconhecidos. E claro, nunca sem antes comer um delicioso Angu.
Os "Clóves" (clowns)
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| Foto; Passarinho/Pref. Olinda |
Originários do Carnaval de Veneza e dos Bailes franceses, os “clowns” surgiram em Olinda no início do século XX, juntamente com as primeiras agremiações carnavalescas da cidade. Além da vestimenta confeccionada em cetim, de várias cores, o que diferencia esses palhaços é a bela máscara que compõe o traje, chamada “cabeça de moça”, pois suas feições reproduzem apenas faces de mulheres. Outra tradição dos clowns é que esses personagens costumam aparecer em grupos e circulam apenas nas manhãs dos dias de Carnaval, outro costume herdade dos mascarados venezianos.
Ursos do Carnaval
Um dos personagens mais tradicionais do Carnaval de Olinda é o urso, estrela da mais popular brincadeira do Carnaval pernambucano, a La Ursa, cujas origens encontram-se nas dramatizações europeias. A figura central é o urso, geralmente um homem vestindo um velho macacão coberto de estopa, veludo ou pelúcia com sua máscara e preso por uma corda na cintura, seguro pelo domador que lança a seguinte frase; “A La Ursa quer dinheiro, quem não der é pirangueiro”, Quem nunca?
Os Caiporas
Reza a lenda, que tochas sobrenaturais apareciam em cima de árvores, assustando os caçadores do município de Pesqueira (Agreste de Pernambuco). As assombrações ficaram conhecidas como caiporas, que são seres que pregam peças em caçadores e cães. Para "acalmar" os caiporas, colocavam-se fumo e cachaça nos troncos das árvores. Para os moradores da pequena Pesqueira, o caipora, figura do imaginário popular, é motivo de orgulho e alegria.
Os caretas
Divididos em grupos chamados de "trecas", cada uma com seu líder, os caretas são os principais personagens do carnaval triunfense há quase 90 anos. Os caretas são figuras satíricas que transformam o carnaval de Triunfo em um dos mais irreverentes do Estado. Segundo alguns estudiosos, a origem da festividade não faz parte do período carnavalesco, mas do Natal, quando dois Mateus de um reisado (Personagens de outra manifestação cultural) em 1917, embriagaram-se durante a apresentação e foram proibidos de participar da manifestação. Inconformados, eles vagaram fantasiados pelo município, fazendo barulho com um chocalho e inaugurando a brincadeira.
Caracterizam os Caretas; Máscaras feitas de papel, grude e amido de mandioca, chapéu de palha, o relho ou chicote e a tabuleta, placa em que são escritas frases satíricas como as típicas de para-choques de caminhão. Hoje, Os Caretas são reconhecidos como patrimônio cultural de Triunfo e tornaram-se símbolo da cidade.
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