segunda-feira, 6 de maio de 2013

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Festa, História e Turismo: Conheça a Quadrilha Junina Brigões de Suape

Social

Praia de Suape, Cabo de Santo Agostinho. Coqueiros, mar, sol, calor, pescadores, jovens com muitos sonhos e desejos. Esse é o cenário onde nasceu, em 04 de abril de 1987, a quadrilha Brigões de Suape, antiga Brigões do Buraco de Dentro. A ideia de criar a quadrilha nasceu de um grupo de amigos formado por José Rildo Plínio da Silva, Ivanildo Plínio, Zildo Plínio, Maria José de Santana, Jurandir dos Santos, Vanusa Mª de Santana, entre outros, que, preocupados em unir os moradores da comunidade, divididos em dois grupos rivais (os seguidores do Grus e do Estrela, dois blocos carnavalescos da região), decidem organizar uma quadrilha junina.
Foto: Paulo Mafe

Inicialmente animando as festas de São João da localidade, a Brigões passa a disputar em diferentes concursos do Cabo a partir de 1994, quando desenvolve o seu primeiro espetáculo temático: O mar e o pescador. Apresentando-se com um estilo diferente, agora recriado a quadrilha leva para o arraial o cotidiano dos pescadores e a sua relação com o mar. Esse trabalho marca o início dos títulos de campeã (1994-1997). Em 1995, ganha como Quadrilha Revelação, no arraial do Bira Janga. Em 1996, conquista o campeonato no concurso de escada e o 2ª lugar no arraial de Areias.




Três anos após participando dos concursos em diversos arraiais do bairro, a quadrilha firma uma parceria com uma Rede Hoteleira do Cabo de Santo Agostinho, e passa a fazer parte da programação cultural do espaço. Em 1998, por solicitações de alguns dirigentes dos hotéis, a Quadrilha Junina Brigões do Buraco de Dentro passa a se chamar Quadrilha Junina Brigões de Suape. Com a nova denominação, a quadrilha conquista o vice campeonato no concurso do Córrego do Joaquim (1998), Quadrilha Revelação do arraial da Tribuna (1999), campeã no arraial Urso Pé de Lã (1999).

Os trabalhos da Brigões aumentam em proporção e, em 1999, o grupo participa pela primeira vez dos dois grandes concursos do gênero, o Festival da Rede Globo Nordeste e o Pernambucano da Fundação de Cultura Cidade do Recife.


Foto: Paulo Mafe


A chegada do novo milênio trouxe para a quadrilha o 3ª lugar no festival Pernambucano da Prefeitura do Recife, além de 12 títulos de campeão nos Arraiais do bairro. Em 2001, a Brigões participa pela primeira vez do concurso do Sesc, levando para o arraial todos os componentes vestidos de noivos e noivas, numa alusão as festas de Santo Antônio, São João e São Pedro, tendo cada momento, a entrada de um andor com um desses personagens vivo. Em 2002, foi a 5ª colocada do Festival Pernambucano.



O nome do grupo passa a fazer parte das programações culturais da festa em diferentes cidades do estado, aumentando a responsabilidade dos diretores com o aperfeiçoamento dos trabalhos, a qualidade dos ensaios, da escolha dos temas, montagem do figurino, adereços etc. a comunidade contribui de todas as formas, as casas dos componentes se transformam em ateliês; a costureira, Dona Maria José Maciel, aumenta o ritmo de trabalho, entrando pela madrugada, uma dedicação constante ao sucesso da quadrilha. Essa relação com a comunidade extrapola o período do ciclo junino, levando os moradores a participar de outras ações organizadas pela quadrilha, como o Grupo de Dança Popular e o Projeto Arte em Geral. 



                                                                                  
Fonte: Livro “Nos Arraiais da Memória – as quadrilhas juninas escrevem diferentes histórias” –  Mario Ribeiro do Santos / (Secult / Fundação de Cultura do Recife 2010)


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