Marcas da Alma: uma viagem pela cultura afro-brasileira através das marcas corporais é o título da exposição que entrou em cartaz nesta quinta-feira (1), na Caixa Cultural. Na vernissage, o curador Wagner Gomes Bornal irá ministrar palestra sobre a importância da escavação na reconstituição histórica. Aberta para visitação do público só na passada sexta , a mostra reúne 70 peças arqueológicas do período escravista, com forte influência africana. Entre os objetos estão cerâmicas, cachimbos, figuras votivas e estátuas, todos encontrados em escavações que duraram mais de 20 anos de pesquisas no litoral norte de São Paulo, mais especificamente no sítio São Francisco, na cidade de São Sebastião.
Depois de passarem por processo de reconstrução e restauração, as peças foram integradas pela Unesco ao conjunto de Monumentos da Humanidade. O valor está, sobretudo, nas cerâmicas escavadas, que revelaram marcas corporais como uma espécie de identidade deixada pelos africanos. Tratava-se de um ritual realizado por aquele povo, como forma de imprimir e perpetuar nos utensílios sua energia de vida e força histórica repassada de geração para geração. São essas marcas que dão nome à mostra.
Os visitantes ainda poderão conferir, por meio de dez fotografias de Christiano Jr, registros raros das etnias africanas que deixaram suas marcas corporais no Rio de Janeiro de 1860. As imagens pertencem ao acervo Noronha Santos, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
SERVIÇO
Exposição - Marcas da Alma: uma viagem pela cultura afro-brasileira através das marcas corporais
Quando: de 2 de agosto a 29 de setembro
Onde: Caixa Cultural (Avenida Alfredo Lisboa, 505, Praça do Marco Zero - Recife Antigo)
Horário de visitação: de terça a domingo, das 10h às 19h (agendamentos para visita guiada com grupos podem ser realizados de segunda-feira à sexta das 12h às 18h pelo telefone 3425-1900)
Gratuito
Fonte: Revista Continente
.JPG)