Fonte: Paulinho Mafe
A Quadrilha Junina Terror do Alto foi fundada em 25 de março de 1982, localizada no município de Moreno, uns 30 km da cidade do Recife. Os responsáveis que compõem o surgimento da quadrilha é Erinaldo Barbosa da Silva (Lau), Gilson Fernandes (Marron), Ubirajara Ujataiti, Edileuza Barbosa, Dona Marli, Marilene Monteiro, Dona Sandra, Fernanda Arruda e o Sr. Adenir. A sede do grupo está localizada na Rua Nova Descoberta, n° 60, no bairro de Santo Antônio, que deu origem ao primeiro nome da quadrilha.
Ao se preparar para o 1° concurso da cidade de Moreno, inicialmente o grupo era conhecido como a Quadrilha do Alto de Santo Antônio, porém o locutor da festa os chamou de “O Terror do Alto”, por causa do barulho que os calçados dos participantes fizeram nos paralelepípedos das ruas. Vixe! Por consequência da vitória na competição, a quadrilha adota o nome até hoje. Nas mais de três décadas de atuação, o grupo passou a desenvolver projetos sociais de intervenção na comunidade. Em conjunto com a Associação de Moradores, onde são realizados seus ensaios, são oferecidas atividades para crianças, adolescentes e para parentes dos dançarinos. Destaca-se o “Projeto Jovens Talentos”, oficinas de música, dança, futebol e artesanato, além de acompanhamento psicológico para os jovens e a família. Ao menos 50% das crianças envolvidas nos projetos dançam na quadrilha, fazendo uma relação das suas atividades com a arte. Com sua trajetória arretada, a Terror do Alto foi 15 vezes campeã em Moreno. Êta sorte da gota serena! Porém a 1° vez em Jaboatão dos Guararapes, 1° vez vice-campeã do grupo 2 do Concurso Pernambucano de Quadrilhas Juninas e ainda por cima foi campeã de todos os concursos disputados no Viver Hotel Fazenda. Geralmente os temas desenvolvidos pela quadrilha sempre estiveram voltados para as tradições nordestinas. Em 2011 o grupo ficou em 5° lugar no Concurso Pernambucano de Quadrilhas Juninas, com o espetáculo “Cordel do amor sangrento”, com homenagem a Lampião e Maria Bonita. Em 2009, apresentou o som da pólvora seca, com o tema Bacamarte: um tiro pela paz e os espectadores conheceram mais sobre os bacamarteiros e suas tradições. Mesmo com todos os aperreios enfrentados para organizar um espetáculo com tamanha magnitude, a Terror do Alto se mantém durinha, acompanhando as transformações no modo de se fazer quadrilha, renovando-se e inspirando as novas gerações. Em 2013 o grupo se apresentou com o tema “É para colorir e purificar”, com promessa de novas cores para o nosso São João.
Gostasse dessa história? Semana que vem será a vez da Sanfonar. Oxe vai perder não visse?
Fonte: Nos Arraiais da Memória 2: As Quadrilhas Juninas escrevem diferentes histórias/ Prefeitura do Recife 2013