terça-feira, 10 de setembro de 2013

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Muro de cemitério ganha cores com projeto de grafitagem

Social


Rapazes com latas de spray coloridos na mão espirraram seu conteúdo no muro do Cemitério de Santo Amaro, área central do Recife. Resultado: o paredão de quatro metros de altura, que dá para a Avenida Mário Melo, recebeu cara nova. A partir de hoje, quem trafega ou transita pela via notará a diferença. A iniciativa faz parte de um projeto da Secretaria de Turismo e Lazer do Recife e pretende estender-se para outros pontos da cidade, a exemplo do Bairro do Recife.



Com 34 anos, Galo de Souza (ele não divulga o nome de batismo) foi o responsável por decorar o muro. Sua arte está espalhada pelos quatro cantos do mundo: lá longe, na Áustria, ou aqui pertinho, no Parque Dona Lindu. Como aos domingos e feriados a avenida faz parte da rota da ciclofaixa móvel, Galo produziu uma grafitagem voltada ao respeito no trânsito. “A prefeitura deixou que eu escolhesse o tema. Foi aí que pensei em fazer essa ligação com a ciclofaixa”, disse. Para o artista, que cresceu entre as áreas periféricas de Piedade (Jaboatão dos Guararapes), Várzea e Roda de Fogo, gentileza gera gentileza. “Se cada um fizer sua parte, teremos um trânsito melhor. Não falo só em relação a engarrafamentos. É necessário ter educação e saber tratar bem as pessoas que estão em outros veículos”. 



De acordo com a gerente geral da Secretaria de Turismo, Ana Paula Vilaça Leal, a Prefeitura do Recife está realizando um estudo para implantar a ideia em locais como as pontes históricas da cidade, imóveis degradados, margens dos rios, tapumes de construções, entre outros. “O objetivo é colorir o Recife e evitar qualquer ação de vandalismo. Escolhemos a grafitagem por ser um forte movimento cultural na cidade e, principalmente, pela aceitação da população à ação. Temos interesse em integrar as expressões artísticas e despertar a curiosidade das pessoas”, informa. O investimento feito ficou em torno de R$ 6 mil.



Cemitério parece um local inesperado para uma arte tão alegre. A bancária Ana Maria dos Santos, 32 anos, passava pela avenida e disse nunca ter visto algo assim, mas que o trabalho deu um novo visual ao lugar. O vendedor Rogério Mário Pereira, 39, comenta que tinha “pavor” de olhar para o muro do cemitério, com medo de se “deparar com uma assombração”, mas que agora a paisagem ficou muito mais agradável. “Coloridão do jeito que ficou, dá diferença, sim”.

Fonte: Pernambuco.com



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