Desde 2001, localizada na Casa 34 no Pátio de São Pedro, Bairro de São José, a casa está disponível para oficinas, palestras educativas e eventos em torno do Pátio para melhor contribuição cultural. O VIVA realizou uma entrevista com o gestor do Núcleo, Sr. Amauri Couto sobre o espaço e o mês da Consciência Negra:
VIVA: O que precisa ser melhorado no Núcleo Afro?
Amauri Couto: Que seja para o lado bom e positivo, para melhor atividade,melhor olhar da gestão sobre os segmentos específicos, a importância devida deveria ser dada no reconhecimento de nossos grupos culturais, do ponto de vista da valorização,profissionalização deles,melhores cachês, mais qualidade de acolhimento na hora do trabalho acontecer,mais verbas para os órgãos,políticas de segmento. Como gestor, temos limites por agora sermos do setor operacional onde não há verbas para deliberação. Em momentos sazonais há eventos no Pátio e na casa do Núcleo Afro, por enquanto encontra-se em reforma e funcionamos na Casa do Carnaval (casa 38).
VIVA: O mês de novembro representa a Consciência Negra mesmo? Por quê?
Amauri Couto: Em alguns municípios nos Estados do Brasil é feriado. Pelo menos mais de trinta municípios do Estado de São Paulo é feriado, em Pernambuco lamentamos muito por não ter o reconhecimento devido. Primeiro que temos um fato histórico, uma exposição dos restos mortais de Zumbi dos Palmares fincado na estaca de madeira no Pátio do Carmo, segundo de geograficamente o quilombo dos palmares está localizado entre nosso Estado, Alagoas e Sergipe e terceiro pelo reconhecimento de Zumbi, por ser de fato o herói nacional e por representar hoje o segmento da população brasileira. Nada mais a declarar (risos).
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Local: Casa 34- Pátio de São Pedro/ Bairro de São José
Contato: 81 3355. 3101
Horário de funcionamento: 09:00 às 17h.
Para entender mais quem foi Zumbi dos Palmares, o movimento dos quilombolas e a importância do dia da consciência negra, há pesquisas bibliográficas para o público infantil e adulto. Segue lista:
Bibliografia Infantil
1. Cabelo ruim? A história de três meninas aprendendo a se aceitar (de Neusa Baptista Pinto);
2. Luana - as sementes de Zumbi (de Aroldo Macedo);
3. Menina bonita do laço de fita (de Ana Maria Machado);
4. Lendas da África Moderna (de Rosa Maria Tavares Andrade);
5. O menino marrom (de Ziraldo)
Bibliografia Adulta:
1. Cartas entre Marias. Virgínia Maria Yunes e Maria Isabel Leite, da Editora Evoluir Cultural.
2. Razões da (des)igualdade - Teologia da Libertação e Educação Popular de Lilian C. S. P. de Lira e Marcos Rodrigues da Silva. Os artigos e as experiências apresentadas neste livro são uma excelente contribuição para quem deseja fortalecer a educação anti-racista na igreja, na escola, em casa e na sociedade em geral. Editora: Cebi/Ceca/Ippoa.
Informações: www.cebi.org.br
3. Racismo no Brasil: percepções da discriminação e do preconceito racial no século XXI
Gevanilda Gomes Santos e Maria Palmira Silva (org.)
Traz uma síntese da pesquisa realizada pela Fundação Perseu Abramo sobre discriminação racial e preconceito de cor no Brasil. A partir desses dados, diversos estudiosos analisam como a discriminação e o preconceito aparecem em questões como as relações de gênero, trabalho, lazer, religião, educação, justiça, violência, políticas afirmativas, saúde, identidade racial, racismo institucional e cultura política.
Editora Fundação Perseu Abramo - www.efpa.com.br